Paciente #71...o Falcão de Falcon...

A pensar que o seu falcão tinha ido dar uma volta, este Falcon apareceu-nos muito triste e solitário. Do dia para a noite, o falcão que tinha pousado no braço, despencou do seu poleiro para nunca mais voltar.


Foi assim que nos veio pedir ajuda para devolver-mos o seu bicho de estimação ao seu braço.
Não foi uma tarefa simples voltar a fazer com que as pernas destes pequeno falcão de chumbo se colocassem novamente no lugar.

Tivemos literalmente de soldar novamente as minúsculas pernas e voltar a pintar.
No final o cliente ficou feliz e este Falcon ficou novamente inteiro.
Mais uma vez agradecemos ao Sérgio pela sua preferência...

Paciente #70...As adagas de Dagger...

Foi realmente um triste acidente que este busto de Dagger sofreu.

Felizmente o estrago foi apenas nas adagas que segura numa das mãos.

Como tivemos a sorte de possuir os fragmentos originais, que foram meticulosamente reunidos pelo Sérgio (o dono deste belo busto), pudemos reparar o estrago na totalidade.

Infelizmente devido à natureza do material das adagas e ao estrago, ficou-se a notar o local de uma das quebras. (que nem sequer se nota muito.)

Obrigado, Sérgio, por mais uma vez teres confiado a nós uma das mais belas figuras da tua extensa colecção.

Paciente #69...Nas pernas esfregadas...

Só depois de recebermos estes clientes para limpesas é que nos apercebemos de que realmente não existem limites para as brincadeiras. Esta pobre figura precisou de uma limpesa e foi tão esfregada, mas tão esfregada que ficámos admirados de não lhe termos arrancado a cor.

Começámos a limpesa por cima, pelas cabeças e braços, como é procedimento normal.

Quando chegámos às pernas deparámos com uma substância que as envolvia e que nos pareceu, a princípio, ser uma lama de cor rosada.

Começámos a limpesa e posso afirmar que estivemos uma pequena eternidade de volta desta substância que nos pintou os dedos, os instrumentos e nos manchou a mesa de operações.

Depois de tempos infinitos concluimos que não era lama mas guache seco. As botas cor de rosa depressa ficaram com a sua cor prateada normal mas o resto das pernas foi bem díficil de esfregar pois quanto mais esfregavamos mais tinta saía e nenhuma dessa tinta pertencia à figura.

Dias depois demos o trabalho por concluído e o paciente encontra-se com uma pele brilhante e de aspecto novo.

Paciente #68...lavando o anão...

Limpar a face de certas figuras é sempre um grande risco devido às naturezas das tintas originais usadas.

As tintas que a Mattel usou para pintar esta personagem eram prórpias para PVC. Quando nos pediram para limpar este Gwildor, a cabeça foi o maior desafio.

Tintas delicadas e locais praticamente inacessíveis no seu corpo dificultaram em muito o nosso trabalho.
Mas não aceitariamos este trabalho se não o conseguissemos fazer e o resultado está à vista.

Gwildor está como novo e pronto para ser um sucesso entre os seus companheiros de vitrina.

Paciente #67...A recaída do soldado...

Não foi bem uma recaída o que voltou a acontecer com este nosso paciente.

Recebemos um telefonema do seu dono, uma semana depois de termos dado alta ao paciente e recebemos a figura de volta nas urgências.

Ao examinarmos a figura notámos que o braço estava novamente partido e a manga exterior rasgada. O que só poderia ter acontecido devido ao mau manuseamento de uma figura que já tinha sido muito difícil de recuperar.

O rasgão na roupa era mais grave na parte debaixo do braço, onde foi nítidamente forçado o movimento. No interior, a articulação do braço estava novamente partida.

Obtivemos uma confissão do cliente de que o braço tinha sido mesmo forçado e que se partira com facilidade. Ora sabemos que quando reparamos uma figura de um coleccionador costumamos pensar que a figura vai estar numa prateleira e não estará sujeita a "brincadeiras", especialmente uma figura cara e de edição limitada como esta.

Parece que não foi o caso.

No entanto optámos por voltar a reparar a figura e lamentamos dizer que houve algumas consequências desagradáveis.

Desmontámos novamente o braço, cortando novamente a manga exterior e interior e descobrimos que o tecido interior estava muito danificado devido ao adesivo usado anteriormente. Situação que já suspeitávamos e que teria ficado resolvida se o braço não tivesse de ser aberto novamente. Neste caso a manga interior teve se ser totalmente removida para podermos ter acesso ao braço partido.

A recuperação da peça foi difícil e demorada devido ao delicado trabalho de alinhamento e tempo colagem, assim como à furação da mesma para reforco com perno metálico.

Depois de montada novamente conseguimos "vestir" o braço ao soldado.

Voltar a colar a manga no local certo foi outro desafio à paciência do paciente e do cirugião que teve de aplicar pontos de pressão à mão, durante algumas horas. Mesmo assim o trabalho não ficou perfeito e a zona, que já tinha sido trabalhada duas vezes (e uma outra vez com cola inadequada aplicada pelo cliente, como referido no artigo anterior) não ficou perfeita.

No entanto o braço recuperou na totalidade o movimento sendo no entanto limitada a série de posições que podem ser executadas devido à natureza da colagem da manga.

Agradecemos que o cliente tenha o maior cuidado possível pois temos consciência de que será impossível um novo arranjo na mesma zona sem consequências graves e irreversíveis para o aspecto da figura...

Paciente#65...O herói maneta...

Night Hawk foi comprado e veio com defeito dentro da caixa.

Acontece vezes demais e com figuras de chumbo é sempre complicado.

O que não foi o caso.

A posição favoreceu imenso este arranjo e a beleza da figura não foi sequer afectada durante muito tempo.

O Herói encontra-se completamente recuperado e pronto para salvar o universo mais uma vez.

Paciente #64...a mão delicada de estrumpfina...

Quando pensamos que um trabalho de recuperação vai ser fácil, somos surpreendidos com a reação do material ao tratamento que aplicamos.

No caso desta estrumpfina o braço já vinha com um defeito e bastou uma pequena e insignificante queda para a mão se partir pelo ponto mais fraco.

A princípio pensámos que, ao colarmos as duas partes, iríamos deixar o mínimo de vestígios possível mas o arame dentro do braço (que saía para fora deste) dificultou, em muito, o posicionamento perfeito do arranjo.

Tivemos de descolar a peça um número infinito de vezes e limpá-la da cola aplicada todas essas vezes.

No final ficou perfeito, nem queríamos acreditar que nem se notava a união da mão com o resto do braço...lindo...

No dia seguinte notámos que a resina tinha reagido ao adesivo que aumentou de volume deixando a mão colada ao braço solidamente, mas com uma estranha camada cristalina (transparente) na união.

Seria impensável ter de partir o braço novamente arriscando a sanidade mental do paciente.

Sendo assim a estrumpfina voltou para casa inteira mas com uma cicatriz para toda a vida...

Paciente #63...A face do vilão...

Quando surgem pacientes com problemas na cabeça deduzimos imediatamente que são, ou eram, brinquedos muito bricados.

Por vezes não existe solução possível e o estrago é tão grande que nada se pode fazer.

Com esta figura o caso foi diferente e até bastante simples.

As marcas na face deste Hordak dos anos 80, estava sem tinta em certos locais e o seu corpo estava muito sujo.

Procedemos à cirurgia facial a fim de podermos repor a cor da pele nos locais mais difíceis.

O paciente esteve sempre consciente e seguro da recuperação que desde logo assegurámos.

No final os resultados foram muito bons e a figura encontra-se com cara nova e recuperada.